Não faço ideia para onde vamos, todos os outros o sabem, eu não. Seguro junto ao peito o frasco de doce que me entregaram, abraço-o como se fosse a minha última boneca, e fico a vê-los correrem uns atrás dos outros pelo apartamento. As mãos do papá brilham de suor, parecem pratos por lavar, são grandes, reparo, quando oscilam junto à minha cabeça. Calhasse eu meter a cabeça diante de uma delas e pás, ficaria achatada.
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