o – início, Meus olhos tudo era estão apenas abertos? silêncio Oi?
e escuridão.
Não sei dizer se minha boca está se movendo, nem se há alguém aqui para me ouvir. Está escuro demais para que eu consiga enxergar. Pisco uma, duas, três vezes. Sinto um frio de leve na boca do estômago. Reconheço essa sensação. Demoro para traduzir meus pensamentos em linguagem, estou muito lenta, como se estivesse caminhando por um mangue pegajoso. Uma palavra por vez, as perguntas tomam forma: Onde estou? Por que meu couro cabeludo coça? Onde está todo mundo? Então, o mundo ao meu redor se torna gradualmente visível, inicialmente por um pequeno ponto, cujos limites se expandem em ritmo constante. Objetos começam a emergir da escuridão e a entrar em foco. Depois de alguns instantes, eu os reconheço: TV, cortinas, cama.
Imediatamente, dou-me conta de que preciso sair daqui. Projeto-me à frente, mas meu corpo bate em alguma coisa. Meus dedos encontram uma vestimenta de malha rígida, que envolve minha cintura e me prende à cama como se fosse uma... qual é mesmo a palavra? Como se fosse uma camisa de força. A roupa está presa a duas barras laterais de metal gelado. Agarro as barras com as mãos e puxo, mas outra vez as tiras pressionam meu peito e cedem apenas uns poucos centímetros. Há uma janela fechada à minha direita que dá para a rua. Carros, carros amarelos. Táxis. Estou em Nova York. Em casa.
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