Eu me chamo GREGORY SILVESTRI e estou ferrado! Melhor dizendo, me ferraram! Meu próprio sangue...
O problema de pertencer a uma família grande é que todos acham que têm o direito de se meter e dar palpites na minha vida pessoal. Mas o idiota do meu irmão gêmeo superou nossa tia casamenteira e me jogou de cabeça na pior furada de toda a minha vida quando me deu um contrato para assinar no meio daquela papelada toda, eu nem li, porque jamais pensei que ele seria capaz de me enganar dessa forma.
Joshua me cadastrou no programa Combinação Perfeita que vive enviando notificações de possíveis matches para ele no nível "solteiro à procura", mas para mim o negócio foi muito mais sério: o babaca me cadastrou no nível "até que a morte os separe", ou seja, sem saber de nada, eu concordei em me casar com uma total desconhecida escolhida por um algoritmo de um software no prazo de até três meses. Depois disso, aquele contrato estúpido seria anulado.
Meu irmão pelo menos foi honesto e listou no perfil tudo que eu — o gêmeo insuportável e antissocial — apreciava na vida, ou seja, quase nada e todo tipo de diversão que eu não suportaria por mais de dez minutos, ou seja, quase tudo.
Joshua era apenas três minutos mais velho que eu e se esforçou para listar as poucas qualidades que via em mim, mas para reunir os meus defeitos, ele recorreu a cada um de nossos outros três irmãos para fazer uma "inscrição fiel à verdade". E, pelo jeito, meus defeitos eram muitos, sem mencionar a lista das muitas coisas que eu simplesmente nem sequer consideraria fazer em um encontro. O que significava que todos os meus quatro irmãos intrometidos eram os culpados pela ruína de minha paz de espírito.
E para minha grande infelicidade ainda tem a cereja do bolo, faltando apenas 24 horas antes do final do prazo para eu ter de novo minha vida perfeitamente sob controle, do jeito que eu sempre quis que fosse, uma "combinação perfeita" foi encontrada pelo maldito algoritmo do programa de relacionamentos quando eu já havia até esquecido dele.
E foi assim que SUZY ABERNATHY, a mulher mais improvável por quem eu poderia me apaixonar agora é minha esposa e vamos dividir o mesmo teto.
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