Jorge Santoro, CEO de uma das construtoras mais bem-sucedidas do país, tem um impasse no caminho para a construção do maior e mais ousado empreendimento de São Paulo: Zaira, a proprietária do único imóvel que ainda não pertence a ele em todo o quarteirão e que se recusa permanentemente a vender.Todos os emissários enviados por Jorge fracassaram no objetivo de fazê-la mudar de ideia. O jeito é ele ir pessoalmente mostrar à jovem teimosa o quanto a proposta que está oferecendo é vantajosa para ambos. Zaira Tavares mal acredita na arrogância do homem atraente parado bem no meio de sua loja, desdenhando de seu negócio e fazendo ameaças. Até mesmo a terapeuta holística paciente e equilibrada tem um limite de quanto desaforo consegue engolir, ainda mais quando parte de um bilionário insensível que não conhece nada de sua realidade. É assim que Jorge e Zaira dão início a uma disputa deliciosamente desleal, onde cada um jogará com as armas que possui (de preferência as piores), com direito à explosões, protestos, denúncias anônimas... e uma atração absurdamente potente e irresistível. * — Você ficará velho e ainda me verá aqui, Santoro. Serei seu carma. Um lembrete de que seu dinheiro não pode comprar tudo! — É mesmo? — ele apenas sorri, daquele jeito irritantemente provocador e calmo. Nossos corpos quase se tocando. — Pode se afastar um pouco? — Por quê? — Porque está... perto demais — e não estou conseguindo pensar direito. — Tem medo? — sua boca se aproxima de meu ouvido e sussurra provocativa. Que voz gostosa o maldito tem. Meu corpo arrepia inteiro. — D-de quê? — o som que sai é um fio patético de voz. — De não resistir. Mas que pretencioso! — A você? — desdenho. — A deixar de me odiar.
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