Marco Antônio Guerreiro é o melhor amigo de um dos meus irmãos e uma porção de outras coisas:Lindo. Gostoso. Capitão do Corpo de Bombeiros. Um monumento de quase dois metros de altura. Mais velho que eu. E um verdadeiro cafajeste. É claro que me apaixonei. E fui rejeitada. Desde então, eu o odeio. Era uma pena que o meu apartamento ficava de frente para o dele. E que eu precisava aturá-lo por ser meu detestável vizinho, além de amigo e colega de trabalho dos meus três irmãos mais velhos. Morávamos todos juntos no mesmo prédio: O Edifício Roma. Ainda bem que decidi ir embora daquele lugar para me virar sozinha, longe daquele bando de militares insuportáveis, de tão protetores. Só tem um probleminha: deu tudo errado e agora estou em apuros! Martina Botafogo é a irmã caçula do meu melhor amigo e uma porção de outras coisas: Linda. Gostosa. Explosiva. Uma baixinha de um metro e meio. E um grande perigo para a minha sanidade. Ela não me suporta. Eu adoro provocá-la. O atrito entre nós gera faíscas que me deixam aceso. Gosto de brincar com fogo, mas jamais colocaria a mão, porque sei que vou me queimar. Não pretendo tocá-la. Quando aquela maluca sumiu no mundo, pensei que nunca mais a veria, mas um acontecimento inesperado nos uniu de novo. Ela estava precisando de ajuda, eu a resgatei e tive que levá-la para a minha casa de campo. Bêbada. E foi assim que me vi dividindo o mesmo teto e o mesmo quarto, que possuía apenas uma cama, com a irmã do meu melhor amigo. Juro que só queria ajudá-la e protegê-la, mas, no fundo, sabia que era uma péssima ideia ficar sozinho com aquela mulher no meio do mato. É claro que íamos provocar alguns incêndios. E, dessa vez, eu estava tentado a permitir que as chamas saíssem de controle. Por pouco tempo. Só ia durar duas semanas. Depois disso, ela iria embora, e a minha vida voltaria ao normal. O que poderia dar errado?
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