MEU IMPÉRIO PELO SEU PERDÃO

 Eu não soube o que era luto quando minha esposa morreu em uma emboscada, anos atrás. A empresa de Segurança Tecnológica que criei com Sarah, estava sob ataque e eu não podia deixar que o único legado que minha falecida esposa compartilhara comigo, ruísse sob meus olhos.

Mergulhado no trabalho, engoli dor, lágrimas e quase me sufoquei em raiva, mas não parei até que a Hybrid Space se tornou um império. No entanto, na vida pessoal, nunca mais tive o mesmo êxito. Nenhuma mulher me atraía o suficiente para que eu pudesse estar disposto a me entregar da mesma forma que sempre fazia na vida profissional. Até encontrar com Maria Rivera, molhada de chuva, no elevador de minha empresa. A porto-riquenha estava trabalhando na Hybrid há dois anos, no setor de Mídias Sociais e eu não conseguia entender como nunca a tinha visto antes. Obcecado por sua beleza, o cheiro de sua pele e seus lábios muito avermelhados, me perguntei se teria o mesmo sabor de pimenta que cheirava. Completamente entregue, não medi esforços para que se jogasse em meus braços, mas o que não poderia imaginar era que, além de estar envolvida com meu passado, seu emprego não era uma mera coincidência. E, quando descobri, não pensei duas vezes em mandá-la embora não só de minha empresa, como de minha vida. O que eu não esperava era que, três anos depois, precisaria dela. E teria que rastejar pelo seu perdão.